“Jamais uso a palavra renúncia.
O que digo é: goze da vida, do amor, da meditação,
das belezas do mundo, do êxtase da existência…
Transforme o mundano em sagrado. Transforma.
Transforma a Terra no paraíso.
E então, indiretamente, comece a produzir certa renúncia.
Mas é uma coisa que ocorre, não o faz você. Não é algo que você faz, é algo que ocorre.
Comece a renunciar a suas tolices, comece a renunciar ao lixo.
Comece renunciar às relações insensatas.
Comece a renunciar a trabalhos que não satisfazem seu ser.
Comece a renunciar a lugares aos quais não era possível o crescimento.
Mas eu não chamo a isso de renúncia. Chamo-o entendimento, consciência.
Se levar pedras na mão acreditando que são diamantes, eu não te direi que renuncie a essas pedras. Limitarei-me a te dizer: «Mantenha-se alerta e lance outro olhar.»
Se você mesmo descobrir que não são diamantes, que necessidade tem que renunciar a elas? Cairão de suas mãos por si mesmo.
De fato, se quer seguir levando-as terá que fazer um grande esforço, terá que aplicar muita força de vontade para seguir levando-as. Mas não poderá levá-las muito tempo; assim que tenha visto que são inúteis, que não valem nada, terá vontade de atirá-las.
E quando suas mãos ficarem vazias poderá procurar autênticos tesouros. E os tesouros autênticos não estão no futuro. Os autênticos tesouros estão aqui mesmo, agora. ”
OSHO
Trecho Extraído do Livro “Consciência: A Chave Para Viver em Equilíbrio”